Inverno em Copacabana

Começam as despedidas

Em tom de despedida mas sempre com muito boa disposição, o pessoal de intercâmbio reuniu-se para uma sessão oficial de encerramento. Os dias passam cada vez mais rápido, e já se começa a pensar muito em tudo o que adorámos fazer e também naquilo que ainda poderíamos vir a fazer se pudessemos ficar mais tempo. Mas o melhor mesmo é aproveitar agora e deixar as mágoas, as tristezas e as más disposições para descarregar em cima do pessoal quando chegar a Portugal :)

Como uma boa festa à brasileira e para podermos afogar certas mágoas que eventualmente pudessem surgir nesta festa de despedida, tivemos um cocktail com sambinha ao vivo e cerveja à pala.


Foto com a Linda, a nossa coordenadora, que já estava bem entornada


1 Alemã, 1 Italiana, 1 Francesa e 1 Suiça. E eu, o coordenador do gabinete
de recepção e acolhimento das estudantes de intercâmbio :)


A Carlinha, que vai estudar para Coimbra 1 ano


Estes mexicanos estavam convencidos que iam ganhar
a Portugal... Bahahaha!

Festival de Alegre

Depois de tanto passear por praias e montanhas, faltava alguma coisa... Apesar de um festival de música não ser nada de completamente novo, o facto de poder conhecer mais pessoal e a curiosidade em ver algumas bandas brasileiras deixaram-me agarrado à ideia de ir ao festival de musica de Alegre (no estado de Espírito Santo).
Com mais 4 companheiros de intercâmbio da universidade, fizemo-nos à estrada (e que estrada) ao longo de 9 maravilhosas horas que bem poderiam ser 6h30, se o motorista do autocarro soubesse o caminho.



Alegre (e não Porto Alegre) é uma calma povoação com cerca de 4 mil pessoas que multiplica a sua população por 10 ou 20 nestes dias.
Em relação ao festival de música em si não há muito a dizer. Mas como os concertos só começam depois das 20h, a malta tem de arranjar alguma coisa pra fazer durante o dia. Descansar? Jogar à apanhada? Passear pelas cachoeiras? E que tal beber até ficar totalmente bebado??? Pois é, qual cortejo da queima, estes meninos não brincam em serviço. Levantam-se da cama e nem comem, é logo cerveja pra dentro. O que vale é que estava um português na casa para acalmar os ânimos e controlar as movimentações!


Antes das 12h, só com 2 skol em cima


Depois das 15h, com 9 skol + 3 vodkas + ...

Aí está a COPA

Começou! Finalmente vou matar a fome de bola que me consome à dias e dias. E vou comer o máximo que puder (à Zé Vieira)! Qual saber as datas das provas da faculdade (as datas dos jogos de portugal e brasil sei eu bem, 11 17 21 e 13 18 23), qual andar a passear e ir à praia. Esticado no sofá, sentado na praia em frente a um ecrã gigante, no boteco da esquina ou em casa de amigos, eu vou ver futebol até fartar.
Para começar, nada melhor que ver o jogo da Alemanha em casa de alemães e no meio de americanos, mexicanos, peruanos, franceses, brasileiros, holandeses...

A loucura da copa

Pior que o dengue, é altamente contagiante e ainda não tem cura. É a febre do futebol, e é impossível evita-la.
Imaginem a loucura que foi em Portugal durante o Euro2004. Agora multipliquem por 10000 e têm uma ideia do que se passa por aqui. Há um mês que as ruas e as lojas estão enfeitadas, toda a publicidade roda em torno da copa, as caras dos craques Ronaldinho, Ronaldo, Kaka, Robinho, Cafu, Roberto Carlos estão por toda a parte a vender gelados, bolachas, bebidas, pastas de dentes, etc etc. Se eu pensava que era ridículo ver a TVI a transmitir a viagem da seleção até ao estádio era porque nunca tinha visto a cobertura do estágio da seleção brasileira. Interrompe-se a emissão para dizer que o treino está a acabar, para dizer que o Ronaldinho fez uma finta, ou que o Ronaldo comeu um gelado e está com peso a mais. Ou ainda a fotografia do pé do ronaldo com duas bolhas no calcanhar a encher as manchetes dos jornais diários.




Novos, velhos, pretos, brancos, mulatos, pobres, ricos têm vindo a sentir durante as últimas semanas uma ansiedade e um nervoso miudinho que os deixa de sorriso na cara. E ansioso também ando eu, cheio de fome de bola mas também cheio de vontade de viver o segundo carnaval desde que cheguei!

O bairro que é uma ilha (ou a ilha que é um bairro)

Este é certamente o bairro mais calmo e mais seguro do Rio. Paquetá é uma ilha no interior da baía de Guanabara que por algum motivo que ainda não consegui entender parou no tempo. Apenas a 45min de barco do centro do rio, não há veículos motorizados (tirando o camião do lixo e o carro da polícia) e tirando uns gamanços no supermercado local, não há crime.



Cheios de curiosidade e sem nada que fazer, eu e o zézinho pusemo-nos a caminho...
Como qualquer casal muito apaixonado, alugámos uma charrete para dar uma voltinha pela ilha.

2 belos cavalos e um pequeno potro, na parte de trás

Uma pequena viagem de 50minutos chegou para dar a volta a toda a ilha e ainda para ver algumas coisas... únicas!


Cemitério dos pássaros


árvore com uns 400 anos, que segundo o nosso
cocheiro, tem 10m de diametro...

Árvores mal estacionadas

Outra vez a tocar no céu (mas desta vez não tanto)



Como novo apaixonado da caminhada e subida de montes e montanhas não podia deixar de fazer uma trilha no Rio. Para começar, escolhemos uma para meninos, a da Pedra Bonita. A pedra não é assim tão bonita como diz o nome, é um simples calhau, e bem grande por sinal. Mas a vista e o simples facto de caminhar um bom bocado acompanhado de amigos...


Rocinha em primeiro plano, Zona Sul de fundo...

Não posso deixar de referir a visita da minha médica de familia e namorada do meu belo companheiro de quarto, Joaninha Queiró. Assim está a explicada a razão de eu não ter postado nada aqui por uns tempos... a minha única leitora estava fora!! :)

Búzios

Este é mais um daqueles lugares que são difíceis de descrever, ainda mais pra quem não sabe escrever e está com uma grande soneira. Para não ter de fazer uma descrição em que tinha de ir ao dicionário procurar sinónimos para bonito, magnífico e paradisíaco, posso deixar aqui umas imagenzinhas. E como uma imagem vale mais que mil palavras (as opiniões divergem, mas eu acho que vale umas 1560), poupo-me de escrever 6240 palavritas...




A treinar para o campeonato de salto gay para o mar


Joana, Patricia, eu e Guerra