Tocar no céu



Depois de uma noite "muito bem passada" e cheia de misturas e de um soninho de 4h, tudo o que qualquer um deseja fazer é subir ao ponto mais alto de uma montanha cujo pico tem uma altitude de 2263m. Como eu e o meu companheiro João somos pessoas como tantas outras, decidimos faze-lo.

Um pequeno pormenor, não há estrada! Ahh! Então sobe-se a pé...! Afinal de contas é só uma trilhazinha de 11km.



Como quem corre por gosto não cansa, todo o cansaço acumulado na primeira meia hora de subida foi desaparecendo à medida que nos envolvíamos na natureza e avistavamos a espectacular imagem da cidade de Teresópolis e de todo um conjunto de montanhas que a rodeava. Ao fim de 4h em ritmo acelerado, ainda frescos que nem uma alface, atingimos o objectivo. E aí um forte sentimento de realização e de um bem estar indescritível substituíu aquilo que qualquer um que ali chegasse sem ser a caminhar sentiria, um grizo do caraças.





Como tinhamos iniciado a caminhada mais tarde do que esperávamos (o suposto era sair às 7h, o que se torna dificil quando nos deitamos às 6h30), decidimos pernoitar num abrigo que havia a uma altitude de 2100m. Tal como indica o nome, abrigo só serve mesmo para abrigar... Qual aquecimento, qual eletricidade (por acaso tinha um gerador a energia solar, o que é bastante util quando não faz sol por uns dias).
Decidimos acordar às 5h para assistir ao nascer do sol e pela primeira vez na minha vida senti-me feliz ao ouvir o despertador tocar!


Conjunto de dormir Primavera-Verão, by Fatima Lopes


Eu bem queria ver o nascer do sol, mas nem via um palmo à frente da cara


No fim da viagem, completamente estoirados, mas felizes e apaixonados

Receita do Dia (Teleculinária nº 543145)

1 litro de vodka
2 pacotinhos de Tang Morango
Gelo q.b.

Modo de preparação:

1. Levar tudo à misturadora/trituradora

2. Colocar no copo (ou não..)



3. Beber...




Resultado Final: 1 morto e vários feridos graves

Preguiça contagiosa

Para não dizerem que não sou imparcial e que só gosto de expôr os comportamentos de José "Preguiça" Vieira


As temperaturas às 14h são muito altas por isso a população
tem de se recolher às suas habitações

Fica aqui mais uma prova de que eu sou o único que não anda literalmente a dormir nesta casa...

Lual na praia de Ipanema (Parte II)

Depois da primeira festa ter sido um sucesso (não temos fotos, felizmente...) voltámos de Salvador cheios de saudades dos nossos colegas de intercâmbio e então decidimos organizar uma segunda festa nos mesmos moldes da primeira. É facil, basta ligar ao nosso amigo Rosenildo ali do morro do Cantagalo a dizer-lhe pra ir la montar o estaminé (faz as melhores caipirinhas do mundo!), enviar e-mails pro pessoal todo a avisar a hora e o local, e esperar que corra tudo bem!

Como já tinhamos tido sorte com o tempo em Salvador, tivemos a pontaria de acertar no único dia com vento desde que chegámos (há quase 3 meses). Eu achei que o S. Pedro se estava a armar em parvo e então dei uma apitadela ao nosso amigo Baco pra lhe dar uma sova, e ele como sempre não falhou! Vendeu-se o dobro das bebidas da outra vez!


Os 5 moradores do 968 da Avenida Nossa Sra Copacabana

Salvador da Bahia

Bem, tudo começou um mês antes da partida, quando tivemos a feliz ideia de comprar a viagem de ida para Salvador pela Varig. Como a malta aqui não gosta de se deleitar a ver TV ou a ler a maravilhosa imprensa brasileira não nos tinhamos apercebido que a Varig estava, como dizia o outro, de tanga. O que vale é que nós gostamos sempre de chegar com muita antecedência a tudo e graças a isso conseguimos cair de pára-quedas num vôo da TAM.

"Pronto, estamos em Salvador!". De facto, Salvador é interessante e está cheio de coisas para conhecer... Mas quando não chove, deve ser bem melhor!
Mas prontos, não nos fizemos meninos e aproveitamos, conhecemos lugares e pessoas (uns mais que outros) e divertimo-nos.

Para a posteridade:

• Aprendemos que devemos sempre suspeitar quando o preço do aluguer de um apartamento é barato de mais e que ser devorado por pulgas é mais desagradável do que por mosquitos.

Zé e Rui, depois de uma noite de amor

Hugo a matar uma pulga que se alimentava da nadega do Pita

• Há discotecas que parecem normalissímas e que depois das 3h30 se transformam em bares de alterne.
• Andar numa Van de 15 lugares com 27 pessoas lá dentro durante 1h30 ainda tem menos piada quando se vai sentado no colo de outro gajo.

• Todos os vendedores de Salvador sentem-se nossos irmãos e amam-nos do fundo do coração (sejas tu quem fores, desde que tenhas cara de turista)
• Nunca recusar oferecer uma cerveja a um irmão baiano, principalmente depois de ele passar a fase em que nos está a lamber as botas e passar para "ai não ofereces?!?!"
• Não deu pra visitar o famoso Morro de São Paulo, mas a praia do Forte já dá para ter uma noção do que é o nordeste...

Não visitámos tudo aquilo que havia para visitar, mas mais uma vez, chegou bem para sentir que para o Brasil conseguir transformar-se de inferno (de uns) para o paraíso (de outros) basta virar a cara para outro lado...